Uma cozinheira que adora cozinhar o que é gostoso e, uma educadora sexual que acredita no poder de diversão da sexualidade.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Sexo frágil

Estou em Maceió, a minha cidade maravilhosa! Terra ...de muito riso, muitos amores e muitas loas como canta meu querido amigo Eliezer Setton. Amo estar aqui, e não perco nenhuma oportunidade disto acontecer, ainda mais, quando sou convidada para fazer uma conferência. Quem me conhece sabe como gosto de holofote!!!!!! Rsrsrsrs... É que hoje, 1º de dezembro, é o dia mundial de luta contra à Aids, e vim fazer, com muito orgulho, a abertura do I Fórum Estadual de comemoração ao DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS, realizado pela Secretaria de Saúde do Estado de alagoas.

Falar sobre Aids, parece a princípio não ser algo que tenha a ver com a proposta do meu Blog. Mas, quando se trata de prazer, é preciso se cuidar. E, um Blog de uma educadora sexual, freqüentado por jovens e adultos não pode perder a oportunidade de informar e reforçar certas condutas que são primordiais para a nossa saúde sexual.

O tema da minha conferência foi “Entre beijos e carícias... fica difícil interromper”. Este título é para chamar a atenção que o momento de se negociar a prevenção é antes das carícias começarem e o estímulo sexual acabar com a nossa racionalidade. O meu foco foi a prevenção de DST/Aids na adolescência, com especial atenção às meninas, porque hoje a garota está mais vulnerável. Na faixa etária de 13-19 anos a proporção é de 10 mulheres/8 homens. Muito triste! E o pior, é que a menina está mais vulnerável, exatamente, porque não está sendo devidamente preparada para “ser mulher” na atualidade.

As mulheres lutaram por seus direitos sexuais, pelo direito de estudar, desenvolver uma carreira profissional e conquistar sua autonomia econômica. Não era assim até a época de minha mãe! D. Lenita, mesmo sendo uma mulher muito estudiosa, foi impedida de realizar seu sonho profissional – ser médica – porque, aqui em Maceió, onde ela morava, ainda não havia faculdade de medicina. Para poder estudar, ela teria que ir para Salvador, e isso nem pensar! A moça só podia sair de casa, se fosse para casar. Estudar, formar-se, ganhar dinheiro e fazer escolhas era coisa de homem. Mulher tinha que ser dependente, submissa, inocente, e confiar no homem acima de qualquer coisa.

Hoje, a garota/mulher pode decidir sobre a sua vida e realizar seus sonhos. O mundo mudou bastante e a nossa realidade é outra, muito distante daquela que D. Lenita viveu. Mas, quando a questão é amor e sexo, a menina/mulher volta no tempo, e ainda se comporta submissa aos desejos do namorado/marido e dependente da iniciativa dele para decidir, literalmente, sobre a sua vida - usar ou não a camisinha. O medo de perder o parceiro ou de ser julgada "galinha" ainda são as principais explicações para a dificuldade de a garota/mulher negociar o uso da camisinha. Há meninas/mulheres que não usam preservativo em nome do amor, acreditando no velho ditado que diz: "quem ama confia". Tais comportamentos fazem da mulher o verdadeiro sexo frágil.

A Fragilidade da mulher

A infecção pelo HIV se dá pelo contato direto com o sangue, o sêmen e as secreções vaginais, e isto pode acontecer no sexo oral, mas principalmente, na relação vaginal e no sexo anal. O ânus e a vagina são órgãos muito vascularizados, revestidos por um tecido delgado chamado de mucosa. Na relação sexual, especialmente durante a penetração, o pênis provoca atrito na vagina ou no ânus, mesmo que a garota esteja lubrificada. Este atrito, por sua vez, causa micro-fissuras (aberturas muito pequeninas) nas paredes das mucosas, aumentando o risco de que o HIV presente no esperma entre na corrente sangüínea.
Além disso, a mulher é mais vulnerável à Aids, porque a menstruação aumenta o risco de contaminação. Quando a mulher está menstruada, o útero fica completamente desprotegido e exposto ao HIV, por causa da descamação de sua parede, característica da menstruação. Fazer sexo menstruada é "entregar o ouro para o bandido", pois o vírus atinge a corrente sangüínea sem precisar fazer esforço.

Como se não bastasse tudo isso, o canal vaginal é um órgão interno, o que dificulta à mulher perceber qualquer alteração na vagina. Muitas vezes, ela só descobre que tem uma infecção, ou mesmo uma DST, se consultar um ginecologista, ou quando a doença já está bastante adiantada. Uma infecção agrava ainda mais a fragilidade da parede vaginal, aumentado a vulnerabilidade da mulher à Aids.

Meninas e mulheres fiquem espertas! Se existe sexo frágil, estes são o sexo anal e o vaginal, quando o assunto é Aids. Portanto, alguns cuidados são fundamentais:
• Usar camisinha em todas as relações sexuais, principalmente, quando estiver menstruada; para aqueles que não gostam de usar, ou não desenvolveram a habilidade na sua colocação, chegou no mercado uma camisinha nova que é feita de polietileno e muito fácil de ser colocada – para conhecer entre na sessão vídeo deste Blog.
• Fazer a higiene da vulva com água e sabonete, pelo menos uma vez por dia;
• Consultar o ginecologista pelo menos uma vez no ano, mesmo que não esteja sentindo nada.

Todo corpo tem um dono, você! Meninas e mulheres, nós precisamos tomar posse do que é nosso e ficar esperta para ficar de fora desta estatística da Aids. Quem se ama, se cuida! E para terminar e aliviar, o peso da nossa conversa, segue abaixo uma receita de Bruschetas deliciosas! Vale à pena conferir e servir durante a negociação com o parceiro.

Um comentário:

  1. Cara querida Lena,
    Prezada!
    Prezo as boas coisas da vida, inclusive as lembranças.
    Quando se trata de prazer, para um blog que se preza e preza por seus amigos, tem mais é que prezar a vida!
    Com prazer! Sempre!
    De comer inclusive!
    Quando fizer me chame! Kkkk!!!
    Bjo, Nicota.

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