Uma cozinheira que adora cozinhar o que é gostoso e, uma educadora sexual que acredita no poder de diversão da sexualidade.

domingo, 9 de outubro de 2011

Pais e filhos – é hora de falar sobre sexo!

Já foi-se o tempo em que nossas meninas eram criadas para casar virgem e ser esposa e mãe.

Hoje, segundo pesquisa realizada pela UNESCO, a média de idade da primeira relação sexual da menina no Brasil é 15 anos, e, ao mesmo tempo, a adolescente precisa investir anos e anos de estudo e experiência para conquistar sua vida profissional e poder ser o que quiser, com a independência garantida.

Assim, ter um filho na adolescência - no mínimo - pode atrapalhar seu desenvolvimento escolar, sem falar no isolamento social e nas obrigações que a chegada de uma criança pode causar.

As conseqüências do nascimento de um bebê fora de hora não compromete apenas o projeto de vida da garota. O menino também passa abruptamente das baladas e videogames para o mundo adulto, adiando seu sonho profissional e tendo que lidar com objetivos e atividades muitas vezes diferentes dos seus interesses e completamente fora da realidade de seus amigos: o mundo  da responsabilidade de criar um filho.

Portanto, a adolescência não é o melhor momento para se ter um filho!!! ... E todo mundo pode fazer alguma coisa para impedir que esta gravidez aconteça.

É por isto que, no meu papel de educadora sexual, aproveitei o embalo da comemoração do dia mundial de prevenção de gravidez na adolescência que aconteceu no dia 26 de setembro e dedico este post aos pais e mães de adolescentes.

Os estudos mostram que jovens que conversam com seus pais sobre sexo engravidam menos nessa fase.
Mas, para isso, é muito importante que os pais encarem a realidade atual da sexualidade na adolescência e desenvolvam o diálogo com seus filhos.

Dicas para uma conversa sobre sexualidade entre pais e filhos:

·         Conversar em clima relaxado, ou seja, antes de qualquer situação crítica, tensão ou fato consumado.
Os pais podem colocar o tema numa conversa informal em família, após uma notícia de gravidez na adolescência, por exemplo, e procurar identificar o conceito que seu filho (a) tem sobre o fato;

·         Não criar um embate, mas uma aliança.
O adolescente não pensa como o adulto. Porém, ao opinar sobre um tema, deixarão transparecer as lacunas de sua ingenuidade e da pouca experiência de vida. É aí, na colocação do recheio, que a nossa sabedoria e experiência pode fazer toda a diferença;

·         Ajudar o filho a enxergar mais longe. 
Quando o jovem expor o seu conceito, os pais podem perceber onde falta  a informação ou a vivência que os colocam em risco, e assim, questionar sobre o que os leva a pensar desta forma.
Este é um momento importante para o adulto ajudar o jovem a enxergar as conseqüências que a sua pouca estrada percorrida ainda não o permite perceber;

·         Conquistar a confiança.
Conversar sobre como era esta questão quando vocês foram adolescentes, suas certezas e também as  incertezas. Com este diálogo aberto e a troca de idéias, você pode conquistar aos poucos a cumplicidade e  a confiança do seu filho;

·         Ter desprendimento.
Nós, pais, não temos a obrigação de saber tudo, tampouco aquilo que não aprendemos. Falar sobre sexo exige, às vezes, certos conhecimentos que podem nos faltar.
Não tenham vergonha, convidem seu filho para pesquisar com você ou peça ajuda a um parente ou a serviços especializados.
O Instituto Kaplan, ONG em que trabalho, tem o SOSex – Serviço de Orientação Sexual a distância – onde você pode falar conosco pelo MSN e por e-mail (sosex@kaplan.org.br);


·         Estar atualizado.
Conhecer o mundo dos jovens ajuda bastante a nossa aproximação e a ter desenvoltura na conversa. Os pais não precisam se comportar ou falar como adolescente, mas precisam entender a linguagem, como eles se organizam e como  pensam sobre o que você quer conversar;

·         Colocar-se a disponibilidade para ajudá-lo.
Pode ser que numa primeira conversa, o filho não faça nenhuma pergunta ou peça qualquer ajuda, mas se ele sentir que pode contar com vocês, irá procurá-los;

·         Ser coerente com seus valores.
Não abra mão do que vocês acreditam para posar de bons pais. Há horas em que precisamos ser os vilões e outras em que podemos ser heróis. O importante é ter coerência para que eles identifiquem suas razões e convicções no momento de colocar limites.


Mas, atenção: Nem só de papo se faz uma conversa! O adolescente precisa se sentir especial para os pais.

Experimentem fazer o Bolo de Chocolate da Annabel com o Ganache de chocolate do Jamie Oliver, e  convidem seus filhos para degustar com vocês.
Este é um dos bolos mais deliciosos que já provei em minha vida.
Não tenho a menor dúvida que ele pode propiciar o clima de aconchego necessário para um bom começo de conversa!

Um comentário:

  1. Menina danada!
    Queria ter uma irmã assim!
    Fazendo bolo de chocolate pra mim!
    Beijinho achocolatado!
    Nice.
    =====

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